sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Sobre Vasectomia: A Operação

Continuando com minha missão de informar, chegou a ahora de relatar como foi a operação. Depois de tomar a decisão pela vasectomia, pegar os papeis, marcar no SUS, chega a hora da operação. Você é avisado com uma semana de antecedência mais ou menos sobre sua hora, e deve ir com os papeis, com uma cueca mais justa e com um acompanhante para te levar para casa na volta.

E com a área depilada.

COMO É A OPERAÇÃO DE VASECTOMIA:
Aguardei uma hora mais ou menos para ser chamado. Era a única pessoa na fila que iria fazer o procedimento, na ala de pequenas cirurgias do HRAN. Logo sou chamado, me tiram a pressão para ver se está tudo bem e respondo algumas perguntas simples, peso, altura, tipo sanguíneo. Vou esperar mais um pouco e finalmente sou chamado para o procedimento.
Não preciso colocar jaleco verde nem nada, só me levam para a mesa de cirurgia, o hospital é público, mas o equipamento é novinho e tudo parece bem conservado e limpinho lá. Os enfermeiros preparam os equipamentos ao meu redor enquanto eu espero o médico.
Logo chega o meu cirurgião o Doutor Mestrinho. Me atende de uma forma muito calma e simpática, explicando o procedimento. Diz que ou sentir só a picada da anestesia, uma de cada lado, e depois não vou sentir dor, só uns puxõezinhos. Então é hora de eu arriar as calças.
Os enfermeiros colocam aquele pano verde com um buraco quadrado para deixar só o local da cirurgia à mostra. O Doutor Mestrinho começa pela minha esquerda, avisando de cada passo do processo. Me pergunta se eu tenho alguma reação com o iodo, que ele usa liberalmente em toda área, me anestesia (dói a mesma coisa que a vacina da gripe, um nadinha) e depois de esperar um tempinho avisa que vais começara a incisão.
Eu sinto o corte, mas não sinto dor. Então eu começo a sentira as puxadas. Não doí, de novo, mas incomoda um pouco. Eu sou meio fresco mesmo e aviso que ele não se incomode com meus resmungos, que se doer de verdade eu aviso. Ele puxa e repuxa lá dentro com as pinçazinhas e finalmente corta o canal deferente, remove cerca de um centímetro e meio dele, me mostra na ponta da pinça e joga na bandejinha.
Então começa tudo de novo do lado direito. A anestesia, o corte, as puxadas. Só que dessa vez eu sinto uma puxada FORTE, que parece que vai até a coluna. Doí, mas não muito, e logo passa. Provavelmente os canais não ficam no mesmo lugar nos dois lados. Ele corta de novo um centímetro e meio do canal, me mostra (parece aquela aorta do coração de galinha, se querem saber) e dá os pontos com um categute que se dissolve depois de uma semana mais ou menos. Então me enche de gaze onde foram os pontos e eu já posso me levantar e por as calças de novo.
Ele me fala como vai ser a recuperação e me dá um atestado para o trabalho para os dois próximos dias, me receita um anti-inflamatório, e me dá uma requisição para um espermograma para ser feito após 20 relações sexuais, para conferir se já deu certo a operação. Antes disso ainda existe a chance de fertilização. Eu brinco então que vejo ele depois de uma semana.
Mas não, claro. Durante a recuperação (que fica para o próximo post) devo ficar pelo menos uma semana antes de ter relações, e duas semanas antes de fazer esforço físico, ou seja, sem Krav Magá também.

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