quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Sobre vasectomia.

Um post de utilidade pública! Tudo o que você queria (ou não) saber sobre vasectomia e não tinha para quem perguntar.

SOBRE A DECISÃO DE FAZER A VASECTOMIA:
Já tem uns dois anos que decidimos fazer uma vasectomia. Depois de duas filhas, achamos que era hora de fechar a fábrica (dois é um número ótimo!) e por várias razões decidimos por uma vasectomia. Mesmo depois de decidirmos ficamos esse tempo todo matutando se deveriamos fazer esse procedimento, afinal é definitivo.Vamos abrir um parenteses para falar de métodos de controle de natalidade: Todos os métodos de controle de natalidade são falhos. Mesmo uma vasectomia tem a chance mínima de uma reversão espontânea e durante as próximas semanas ainda vão existir espermas férteis nos canais. Mas é dos métodos mais eficazes e um dos menos invasivos.
Para escolher seu método anticoncepcional você tem que pesar vários fatores: a frequência das suas relações, quantidade de parceiros, a possibilidade de querer ter filhos mais tarde, quem no casal vai ser responsável pelo método (e a confiança que o parceiro tem no outro). Veja uma excelente comparação da eficácia dos métodos anticoncepcionais nesse artigo no NY Times.
Se você quer ter filhos mais tarde, obviamente deve escolher um método não definitivo. Se não tem um parceiro fixo, ou seu parceiro tem relações com outras pessoas, um método que proteja de STDs, como camisinha deve ser usado. Mesmo assim só camisinha não é um método eficiente o suficiente. Métodos que precisam de ação do usuário, como camisinha, pílula, Nuvaring, e outros costumam falhar por erro do usuário muito mais do que a eficácia teórica dele. Nós mesmos tivemos uma filha apesar de estarmos no DIU (que deveria ser um método sem influência do usuário, mas enfim, os gráficos do artigo mostram que a chance existe).
OK, então escolhemos fazer uma vasectomia, mas não é tão simples! No Brasil, para fazer uma vasectomia é exigido que se tenha mais de 25 anos ou dois filhos, e autorização do cônjuge. Na prática, como o procedimento é irreversível (a reversão é uma cirurgia bem complicada que só dá certo em 50% dos casos) os médicos entedem esse "ou" como um "e" e exigem as duas coisas.
Logo o primeiro passo é ir ao um posto de saúde, ouvir uma palestra (se tiver mais de uma pessoa querendo fazer o procedimento, na prática é um dos métodos menos procurados) e apresentar identidade e certidão de nascimento dos filhos. E para toda cirurgia menor também é pedido um teste de citcatrização e um EAS para ver se não tem nada que impeça o procedimento. após esses passos você tem que esperar dois meses pela cirurgia, que é o tempo para ter certeza de ter tomado a decisão.

Um comentário:

Aisha disse...

Que massa! Que pena que não respeitam a vontade de quem não quer filhos (e vai continuar assim).